....
Of narcissism, as Flaubert said of stupidity, it can aso be said that it is found in all ages, but each age has its own narcissism.  That of our time appears to be an omnipresent germ in all aspects of individual and collective life, active in the multiple political, cultural, economic, social, technological and communication systems, giving rise, directly or indirectly, closely or remotely, to the greatest perversions, excesses and arbitrariness, and jeopardising primordial ethical codes and the founding rules of coexistence. The subject of the Electra27 central dossier is exactly ‘Narcissism,’ one of the traits that shape our time, presenting essays and interviews by prominent authors such as Élisabeth Roudinesco, Sinziana Ravini, Miguel Benasayag, Dominique Rabaté, António Bracinha Vieira and Vincent Cocquebert.

In this issue, anthropologist Giulia Bogliolo Bruna writes about Jean Malaurie, a sage whose life was like a novel: scientific explorer of the polar regions and defender of the rights of Arctic minorities, particularly of the indigenous peoples in Greenland, ethnohistorian, geographer and writer, Malaurie was also director of the École des Hautes Études en Sciences Sociales and founder of the prestigious ‘Terre Humaine’ collection.

Yuri Slezkine, professor at the Universities of Berkeley and Oxford and considered one of the world's leading experts on Russian history, summons a beautiful and original memory of Moscow, combining his personal story with the history of the city, visiting different periods, political and cultural figures, memorable events and places of worship.

This issue’s ‘In the First Person’ section features acclaimed British author and essayist Geoff Dyer, who speaks to Electra about books, photographs and the idea of the end, exploring a variety of themes in contemporary culture, ranging from the creative process of writing to the attention to the world that images evoke.

Also in this issue we find recent works by artist Francisca Carvalho; poet, playwright and filmmaker Regina Guimarães comments on a statement by Jean Genet about art and politics; architect Gilles Delalex, founder of Studio Muoto, questions whether anarchist reasoning can generate an architecture; writer and curator Thomas Dylan Eaton tells the story of the famous Hanuman book collection, from India to New York and San Francisco in the late 20th century; Afonso Dias Ramos comments on and connects two of the most eagerly awaited publications of recent years, the catalogue of photographic materials that belonged to W.G. Sebald, and the letters that John Berger exchanged with his son at the end of his life; and journalist Bárbara Reis writes about the word ‘Bubble.’

.

Softcover, 27 x 20 cm, 194 pages

—
..

Do narcisismo, como Flaubert disse da estupidez, pode também afirmar-se que é de todos os tempos, mas que cada tempo tem o seu narcisismo. O do nosso tem mostrado ser um germe omnipresente em todos os aspectos da vida individual e colectiva, activo nos vários sistemas políticos, culturais, económicos, sociais, tecnológicos e comunicacionais, originando, de modo directo ou indirecto, próximo ou remoto, as maiores perversões, excessos e arbitrariedades, que põem em causa os códigos éticos primordiais e as regras fundadoras da convivência. É sobre “O narcisismo”, um dos traços que desenham o perfil do nosso tempo, que trata o dossier central da Electra 27, com ensaios e entrevistas de figuras tão relevantes como Élisabeth Roudinesco, Sinziana Ravini, Miguel Benasayag, Dominique Rabaté, António Bracinha Vieira e Vincent Cocquebert.

Neste número, a antropóloga Giulia Bogliolo Bruna, escreve sobre Jean Malaurie, um sábio cuja vida foi um romance: explorador científico das regiões polares e defensor dos direitos das minorias árticas, nomeadamente da Gronelândia, etno-historiador, geógrafo e escritor, Malaurie foi também director na École des Hautes Études en Sciences Sociales e fundador da prestigiada colecção “Terre Humaine”.

Yuri Slezkine, professor na Universidade de Berkeley e de Oxford, considerado um dos grandes especialistas mundiais de História da Rússia, faz nesta edição uma bela e original evocação de Moscovo, cruzando a história pessoal com a história da cidade, e onde passam épocas distintas, figuras da política, vultos da cultura, acontecimentos memoráveis, lugares de culto.

Na secção “Primeira Pessoa”, o aclamado escritor e ensaísta britânico Geoff Dyer fala com a Electra sobre livros, fotografias e a ideia de fim, explorando uma diversidade de temas da cultura contemporânea que vão desde o processo criativo de escrever um texto à atenção ao mundo que as imagens despertam.

Ainda nesta edição, são reveladas obras muito recentes da artista Francisca Carvalho; a poeta, dramaturga e cineasta Regina Guimarães comenta uma afirmação de Jean Genet sobre arte e política; o arquitecto Gilles Delalex, fundador do Studio Muoto, questiona se o pensamento anarquista pode gerar uma arquitectura; o escritor e curador Thomas Dylan Eaton faz a história da famosa colecção de livros Hanuman, desde a Índia até à Nova Iorque e São Francisco do final do século XX; Afonso Dias Ramos comenta e relaciona duas das mais aguardadas publicações dos últimos anos, o catálogo dos materiais fotográficos que pertenciam a W. G. Sebald, e as cartas originais que John Berger trocou com o filho na fase final da sua vida; e a jornalista Bárbara Reis escreve sobre a palavra “Bolha”.

Capa mole, 27 x 20 cm, 194 páginas

—

....